Um breve relato

A nossa história

O Projeto Escuta o Cheiro iniciou em 2008 e é um projeto mensal que resgata o formato das rodas de samba de fundo de quintal, fora de locais públicos e por meio de grupos de samba convidados que recebem músicos e cantores especiais para cada edição. Acompanham pratos de baixa gastronomia, uma natureza exuberante, e uma recepção calorosa da equipe da casa. Acontece sempre no terceiro domingo do mês das 12h00 às 18h30m.

Em 2016 foi criado e aplicado o Projeto Forró do Escuta, o qual estamos investindo no resgate da cultura popular, valorizando os músicos tradicionais, sem projeção artística para a grande mídia e que acontece no primeiro domingo do mês.

O Evento agrega uma culinária que desperta uma riqueza de sensações para o paladar de sabores diversos. Essa culinária tem inspiração em pratos tradicionais da cozinha caipira, quilombola e tradicional familiar.

O Projeto Escuta o Cheiro recebeu em 2018 o “Diploma Noel Rosa” pela Câmara municipal de Campinas. Homenagem à história e vivência do Escuta o Cheiro no samba da cidade!

Porque esse nome?

“O Projeto Escuta o Cheiro já deixou de ser “projeto” há muito tempo. Aliás, só foi “projeto” por uns cinco minutos entre alguém dizer “Vamos fazer?!” e a hora que cada um correu para um lado para buscar bumbo, feijão, toucinho, tomates, cuíca, cavaco, cachaça, cadeiras, mesas, alho, cerveja, Clara Nunes, Cartola, açúcar, paio, amendoim, saladas e voltaram com tudo isso e mais alguns amigos e um monte de alegria.

“Pra quem não conhece a história do Escuta o Cheiro, faço aqui um parêntesis para explicar… Cinco amigos se juntaram para criar essa bonita roda de samba. CarlaFiori, Tatiana Braga e Paula Ubinha se encarregaram do batuque na cozinha, Marcio Belardini abriu seu quintal e dividiu com a gente suas jabuticabeiras e o Silo Sotil juntou um monte de gente boa para fazer a música de qualidade.
E no dia 19 de outubro de 2008 eles juntaram os amigos e a nossa história começou, olha só que pequenininho que era comparado com hoje em dia: Batizamos o Projeto de Escuta o Cheiro não só porque tem samba bom e comida boa de fundo de quintal. Seu Jardel Almeida, pai da Paulinha e da Tatinha e de mais 6 meninas bonitas, sobrinho-neto da Chiquinha Gonzaga, usava esse termo toda vez que ia pro fogão fazer comida boa, um dos seus grandes prazeres e, quando o caldo engrossava e vinha aquele cheiro bom, ele chamava todo mundo: “escuta o cheiro seus difunto!” Pra quem teve o privilégio de conhecê-lo, essa era uma das melhores horas da convivência com o “Seu Jardel”. Saudade imensa que a gente tem “daquele véio #@*!^ *# *&5@ “! benfaz”.

por Tatiana Braga

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O que acontece no Escuta

Histórico de algumas realizações no espaço, incluindo programação e resultados alcançados desde 2008: 

O Projeto já recebeu na área de literatura vários lançamentos de livros como “7 Poemas para 1 amor” de Sebastian Marques, “Mal sabe a lua” de Lucas Limberti, “Casa Nua” de Cesar Póvero. Recebeu uma edição do “Feijoadown”, duas edições do Festival de Orquídeas, Capoeira Cordão de Ouro, Quarteto de Cordas Vocais, Dança do Ventre e Dança Indiana por Patrícia Lima, a Cia Tomara que não chova, Grupo Tecer Mundo, Dom Arthur,  “Samba para mais de metro”, Edinho Silva/Tio Beiço, Paula Sanches, Anaí Rosa, Douglinhas Aguiar, Bruno Ribeiro, Ivaci Oliveira, Reunião de Bacana, Armando Boreli, Zé Paraíba, Nelsinho Fidelis, Pagode da Vó Tiana, Carlota,  Bateria “A Ruidosa”, Maurinho de Jesus, Forró Maria Lua, Enok Virgulino, Grupo Bafafá, Marcelo Modesto, Paulo César Augusto Morais, Juliana Alves, Neuza Mahlow, Vera Lima, Pagode da Vó Tiana, Efraim Silva, Denise Maher, Coisa de Zé, Wanderley Monteiro, Pegada de Gorila, Thaís Nogueira, Grupo Alvorada, Reunião de Bacana, Forró DiCasa, Nãnãna da Mangueira, Bruna Volpi, Carla Fiori, Tatiana Braga, Sinuca de Bico, Helder Bittencourt “ALEGRIA É COISA SÉRIA”, Bloco Nem Sangue nem Areia,  Thiago de Souza, Silo Sotil, Paula Ubinha, Daniele Rossi, Lu Salles, Chef Mané – Manoel Alves Filho, Urucungos Puitas e Quijengues, Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Quarteto de Cordas Vocais, Trio Dona Zefa, Comunidade Samba da Vila, Aureluce Santos, Serelepe, Balaio de Baião, as Baianas da Escola de Samba Império da Casa Verde, Oficina de iniciação musical, O Brechó no Escuta, o ator/bailarino João Butoh, Ana Piu, Cia de Teatro “Último Tipo” e as exposições de artes plásticas de Alê Santana, Agostinho Gomes e de fotografias de Ralf Henze.

Onde acontece o Escuta

O Escuta o Cheiro é um espaço independente, com uma preocupação com a cultura popular bastante singular, sem apoio público, nem privado. Trazendo para a programação do espaço, artistas com trabalhos artísticos de qualidade, seja para apresentações, temporadas ou residências artísticas.

Buscar apoio e parcerias é de vital importância para a manutenção do Escuta o Cheiro e seus projetos que vêm realizando desde sua fundação, em 2008. Ampliar essa rede é um objetivo pontual já que percebemos cada vez mais um descaso com os grupos artísticos tradicionais.

O Espaço é dotado de edificações que possibilitam um planejamento e realização dos eventos e atividades. Possui 06 banheiros – 3 femininos e 3 masculinos. Uma edificação que funciona a cozinha; temos uma área coberta para o funcionamento do bar, uma pérgula coberta onde instalamos as exposições. Em outra edificação está instalada o escritório do Escuta o Cheiro, edifício este de interesse histórico datado de 1935.

As demais áreas são ao ar livre onde são colocadas mesas e armados os nixos com os conjuntos musicais e grupos artísticas, cada um com uma característica diferente utiliza o espaço que mais convém ao trabalho.

A equipe:

Marcio Belardini

Marcio Belardini sempre aprimorou seus conhecimentos como administrador de empresas, focado em logística por meio do transporte rodoviário no comércio exterior.
Trouxe para a área da cultura toda a sua expertise e a direcionou para a produção de eventos.
Fundou o Escuta o Cheiro em 2008 em Sousas com a missão da preservação da cultura popular de raiz, missão essa herdada da família.
Das festas juninas dos avós, do catira, da folia de reis, das violas sertanejas, do forró que era realizado pela tia que era de origem nordestina. Um universo sendo preservado.  A cultura popular em várias manifestações.
Hoje a produtora Escuta o Cheiro há completar 15 anos – Bodas de Cristal se lança a desafios maiores sempre em direção à preservação da memória imaterial e patrimônio cultural brasileiro.
O samba de raiz, o forró pé de serra são ferramentas que alimentam a trajetória de ações que desaguam na valorização dos artistas envoltos nesta colcha de retalhos tão valiosa e rica em suas histórias.
Em sua fase de artista, trabalhou em diversas companhias de teatro em Campinas, Valinhos e na capital.
Participou de campanhas publicitárias e em sérias televisivas na TV Século XXI.
Muitos foram os eventos e manifestações culturais que de sua participação nos proporcionaram compartilhar de sua contagiante alegria.
Muitos foram os artistas que tiveram a oportunidade de compartilhar essa linda história que está sendo escrita pelo Escuta o Cheiro.
O Escuta o Cheiro já ultrapassou os limites de Sousas, de Campinas, do Estado de São Paulo e já ganhou o Brasil. Um território cultural que agrega os amantes da cultura, que buscam sempre voltar para a alegria e felicidade contagiantes que reinam neste espaço.

Mari Vasconcelos

Mari Vasconcelos é formada em Comunicação Social, habilitação em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, desde 2008, mas sua relação com a arte, sobretudo com a música antecede esse histórico e remonta toda sua infância.
Ingressou no Conservatório Dr. Carlos de Campos em 2012 no curso de Canto Popular dentro do núcleo de MPB e Jazz, e, a partir de então passou a se dedicar exclusivamente ao fazer artístico.
Cursou Harmonia, Improvisação, Percepção, Percussão e Violão, além das aulas técnica Vocal.
Durante o ano de 2016 esteve à frente de um tributo a Elis Regina, como cantora e produtora artística e figurou alguns teatros do estado de São Paulo com esse espetáculo, dentre eles o Teatro Municipal de Paulínia, Teatro Municipal de São João da Boa Vista, Teatro Paulo Autran de Americana, Teatro da Casa do Lago, na Unicamp em Campinas e outros.
Em 2017, Mari Vasconcelos produziu o Primeiro Festival de Marchinhas de Carnaval de Campinas em parceria com Alex de Freitas, homenageando a tradição carnavalesca da cidade nas décadas de 50, 60 e 70.
No mesmo ano passou a integrar o quadro social do Projeto Escuta o Cheiro como produtora cultural. O Projeto acontece quinzenalmente com alternância temática entre Samba de Raiz e Forró Pé de Serra e ao longo desses anos recebeu shows de Nelson Rufino, Moyseis Marques, Janayna Pereira, Enok Virgulino entre outros.
Atualmente além de produtora atua como vocalista em três trabalhos distintos: um trio de forró Pé de Serra chamado Forró DiCasa, um quinteto de música brasileira chamado Pé de Poeira e um duo de Voz e Sanfona com Rafa Virgulino, que no início de 2020 fez uma série de apresentações no prédio da Fiesp em São Paulo, Capital, pelo SESI – São Paulo.